Intruso
Ela, devidamente sem roupa e sem vergonha, atendeu à porta de sua casa. Ele, armado de seu sorriso e maleta de mão, adentrou-a. A casa, ela, a vida dela...
São Paulo, março de 2012
Gambiarra 2
E foi naquele momento que ela, olhando bem fundo em seus
olhos, finalmente falou. Falou tudo aquilo que ele não gostaria de ouvir, mas
que estava entalado em sua garganta há tempos. Ainda estavam os dois nus, na
cama, a noite tinha começado com eles fazendo amor, um amor estranho, meio
forçado e repetitivo, e foi evoluindo para uma daquelas brigas cada vez mais frequentes
em seus cotidianos, com as vozes subindo de tom na mesma intensidade em que o
lençol ia cobrindo seus envergonhados corpos.
E no exato momento em que ela abriu a boca para falar o que tanto o magoou, quase nada de seus corpos restavam descobertos.
São Paulo, 2009
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