Algum dia...
Ao que, ela finalmente disse:
“por ora, ainda
quero investir em ser feliz...”
E ele retrucou:
“ainda bem que é só
por ora... terei alguma chance mais tarde, não?”
Ambos riram e, pelo resto daquele primeiro jantar juntos,
o silêncio perdurou, cada um deles pensando no exato sentido da frase que o
outro dissera.
Clichês
Ele veio com a cantada padrão clichê para cima dela.
Cantada ridícula, hilária, absurda. Antes de reagir como reagiria normalmente,
ela se dispôs a olhar a ele de cima para baixo (talvez a justa encarada antes
de iniciar o ritual do esculacho que ele mereceria...). Mas, a olhada mudou
tudo... e, ao final, sorriu. Ela, pois ele já sorria há tempos
Ele podia. E ela queria...
Antes que ele abrisse de novo a boca, ela o levou para o
seu apartamento e, lá, os clichês não entraram.
Lambança
Lembra-se de todas aquelas lembranças? De nossos momentos
todos, de nossas viagens, daqueles jantares maravilhosos? Lembra-se deles? Da
música que compusemos juntos, das estrelas que não cansamos de contar, das mãos
dadas, dos dedos entrelaçados? Do amor na areia úmida? Lembra-se deles? Dos
planos? e que planos arrojados, né? E dos planos cotidianos? e dos
tresloucados..., lembra? Lembra-se das risadas todas no final da madrugada
regada a Tannat e Gruyère?
Lembra-se?
Pois é, esqueci-me de tudo! E foi de propósito!
pRima
“Mexe nessa rima
que ficará rica...” disse o poeta rico ao aprendiz.
Ele mexeu, mas não ficou rico.
Ao que o poeta retrucou: “dinheiro não é tudo, rapaz, case com sua prima que será feliz...”
E, desta vez, acertou!
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