Resolução de ano novo:
Nunca mais desejar um ano inesquecível...
Feliz 2K21 a todos!!!
Faz um tempinho isso, foi numa destas tantas noites de Natal a que somos atropelados anualmente. O Thio Therezo, sei disso porque ele me contou um dia, adorava estas noites. Não tanto pelas conversas que normalmente as povoam, nem tanto pelo silêncio imposto para se assistir a missa do galo pela TV, nem tanto pelas trocas de presentes, sinceros ou hipócritas ou pelos parentes que só vemos esporadicamente. Nada disso, mas sim porque mamãe, sua irmã, fazia o famoso lombo assado com farofa, creme rosê e purê de maçã.
O Thio
esperava o ano todo por isso, sabíamos todos e, quando chegava, nada o distraia
de seu prazer. Seu olhar era diferente, sua alegria, ele até aguentava as
provocações de meu pai exercendo o costumeiro e legítimo papel de cunhado.
Pois bem,
naquele Natal surgira a história do alinhamento de dois planetas que estaria
afetando o cotidiano e, como sempre são com essas coisas, estaria indicando
tempos melhores, o que, de fato e real, estava sendo cada vez mais raro. Papai
dissertava e dissertava sobre o tal fenômeno sem descuidar de seus olhares ao
Thio. Ele esperava algum tipo de reação do cunhado, afinal de contas o Thio era
um renomado especialista em questões tanto astronômicas quanto astrológicas, tanto
das científicas quanto das divinatórias. Famosas, por exemplo, ficaram as
frequentes consultas do Vaticano a ele para dirimirem dúvidas históricas, o que
incluiu em certo momento, por exemplo, uma cuidadosa revisão do calendário
usado atualmente e que só não foi colocada em prática por conta de obscuros
interesses econômicos.
Mas voltemos
ao alinhamento natalino que tanto empolgava o papai. Já gasto todo o seu
aparente entusiasmo e frente ao silêncio do Thio, papai resolveu se dirigir
especialmente ao cunhado:
- E aí,
Thio, o que me diz?
- Ah? – ele
parecia distraído saboreando o lombo suíno.
- O que me
diz, Thio?
- Esse porco
está divino. Parabéns, mana, você se superou!
- O que?
Você só tem isso a dizer?
- Claro que
não, o purê de maçã, soberbo! Como pode algo tão simples de ser feito ficar tão
bom!
O pai ficou
meio sem palavras frente à reação do cunhado, ainda mais que mamãe se deliciou
frente a tantos elogios e nada que se falasse naquele momento poderia superar aquela carinhosa troca
de olhares entre os irmãos queridos.
Logo, a
missa do galo começou e fez-se o habitual silêncio. O Thio, claro, aproveitou a
paz e repetiu mais uma vez o seu prato natalino. Enquanto um e outro, missa e prato
repetido, eu via o meu pai incomodado com a falta de resposta do Thio. Acabou-se
a missa, vieram os fogos de artifícios vistos da varanda, os abraços e beijos e
a usual confraternização.
Passado este
momento, justamente no pós-jantar, quando a mente e corpo pedem já o seu descanso,
e antes que o pai tivesse a oportunidade de retomar o assunto do alinhamento dos
dois planetas, o Thio comentou:
- A
propósito, falar em alinhamento de dois planetas só supera, em nível de baboseira,
a tal da sensação térmica que os jornais costumam anunciar. Ora, dois planetas
estarão sempre alinhados...
Silêncio se
impôs à preocupação ao que certamente viria.
- ... se ainda fossem três planetas, até que
teria alguma graça, mas dois! Dois?
Mamãe pensou
rápido e propôs abrirmos os presentes do amigo secreto. Mal sabia ela que papai
tinha tirado justamente o Thio e, esse, o papai. Os tais dias melhores tão
euforicamente anunciados pelo alinhamento planetário teriam que esperar ainda um
tempão para entrarem em cena.
Feliz Natal
a todos!
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Como e o que
me lembro no dia a dia são mistérios que nunca consegui decifrar totalmente. Por
vezes, pequenas coisas sem importância me atropelam a mente enquanto que muito
do que gostaria de relembrar permanece escondido de forma inacessível. Mais de
uma vez, por exemplo, antes de retornar a um lugar que sei que já tinha visitado,
nada me vem à mente, mas bastou chegar lá e, de repente, surgem detalhes que
nem imaginava existirem. Ah, se eu virar aquela esquina, tem uma loja de
sapatos; ah, atrás daquela igreja vamos ver um parque com bancos verdes; ah, o
sorvete daquela confeitaria é excelente. Mas esqueço rapidamente muito do
essencial, livros que li e que não me recordo de nada (quando muito, que gostei
ou não), filmes que parecem ser vistos pela primeira vez (mesmo consciente de que
minha memória é muito visual), histórias ouvidas, conversas.
Tenho mínimo controle sobre
este processo mental, o que fazer a não ser resignar-me?
Ontem fui atropelado por uma
lembrança e tento entender o porquê. Talvez nem haja uma razão, talvez tenha
sido apenas um mero sinal do cansaço mental destes dias turbulentos e que leva
a mente a descarregar memórias como se quisesse se livrar delas. Mas, ao
contrário, tive que conviver com a lembrança o dia todo.
Por questões profissionais, na
última década fui inúmeras vezes ao Canadá, Quebec por melhor dizer, Sherbrooke,
cidade a duas horas de ônibus de Montreal, para ser mais específico. Nas
últimas vezes que fui, eu me hospedei em um monastério bem ao lado do campus
universitário, este um pouco afastado do centro da cidade. Uma pequena rodovia
separa, de um lado o campus principal e de outro um campo de prática de futebol
americano também da universidade e que ladeia o monastério. Finzinho da tarde
eu saia da faculdade, andava até aquele final do campus, atravessava a rodovia
em frente ao campo de futebol e seguia por ela, meio que no mato pois não havia
calçada naquele trecho, até chegar ao monastério. E se já estivesse escuro,
escuro estaria. Nada demais, apesar do pequeno desconforto pela falta de
calçada. Por vezes, até parava um pouco para ver o treino da equipe de futebol da
universidade. Nada que merecesse maior atenção pelo que fosse, apenas
relaxamento depois de um intenso dia de trabalho.
Um dia,
escuro estava, percebi uma luz vindo do chão a um par de metros de onde eu caminhava
nesse meu caminho ao longo da rodovia. Aproximei-me e encontrei um celular, um
iPhone, visor quebrado mas com a luz acesa. Olhei ao redor e nada, não parecia
que alguém tivesse acabado de perdê-lo. Não tive dúvidas, peguei o celular e
tentei achar algum contato nele, acabei localizando uma mensagem recente de alguém
e escrevi como resposta que tinha achado aquele celular e queria devolver.
Segui com o aparelho em direção ao monastério mas, antes de lá chegar, recebi nele
uma ligação do suposto dono. Disse onde tinha encontrado o celular e marcamos
de nos encontrar na porta do monastério. Nem demorou muito para chegarem. Na
caminhoneta, duas pessoas, aparentemente o dono e algum amigo. Mas não desceram
do carro, eu entreguei o celular e ele começou a manusear o celular sem sequer
agradecer. Conversaram entre si e me ignoraram totalmente. Como já tinha feito
o que tinha em mente que era devolver, despedi-me e, de novo ignorado, entrei no
monastério. Ainda olhei antes de fechar a porta e lá estavam eles ainda conversando.
Extraordinário?
Não. Mas me fez pensar, depois de um par de anos, naquilo que ocorreu. Foi tudo
tão instintivo de minha parte, mas teria eu agido do mesmo jeito se fosse no
Brasil?
Sem querer entrar em uma
infrutífera discussão sociológica, acho que eu teria ignorado, por aqui, o
celular e o deixaria por lá, seguiria em frente sem remorsos, pois como eu
explicaria a posse dele? Aqui somos todos culpados, não há como fugir disso,
qualquer insinuação ou suspeita contra você significa condenação e
provavelmente se eu marcasse um encontro para devolver o aparelho, o seu dono viria
acompanhado da polícia/promotor/juiz/carcereiro ou, pior, da milícia (que é o mais
provável nestes tempos pós-golpe). Eu seguramente teria problemas em me explicar,
não teria credibilidade eu dizer que tinha achado a aparelho jogado ao chão. Somos
todos culpados, é a regra geral. Aqui, acho, eu simplesmente ignoraria o
celular e iria embora, não por não querer devolvê-lo a seu dono de direito mas
por medo. Tenho medo, sim, do Brasil que estão construindo ao nosso redor.
Mas, lá, não
tive estas dúvidas. Por outro lado, senti um gosto amargo na boca depois do
desfecho, nem um agradecimento recebi, e nem esperava mais do que isso, mas
isso sim esperava. Talvez minha ingenuidade tenha me levado a crer que, pela
aparente segurança que sempre senti por lá (apesar do stress e cara feia dos
que cuidam da entrada no país), achava que não estaria sendo também julgado. A
impressão que ficou foi que, também lá e de seu jeito, eu tinha sido julgado. Tudo
correu bem, é certo, e, acredito, ao me encontrarem, os dois amigos perceberam
que eu era um mero estrangeiro com sotaque carregado que encontrara o celular,
que não teria tido nada a ver com o seu sumiço e que só queria realmente
devolvê-lo. Mas a total falta de empatia naquele momento me fez tirar conclusões
que, por falta de comprovações, guardo para mim. Esse o motivo do gosto amargo
na boca naquele momento e que retornou junto às lembranças de ontem.
As coisas
não se repetem, por isso não preciso refletir muito se agiria igual em situação
similar ou não. Tiramos nossas conclusões, aprendemos algo, e seguimos em
frente.
Mas que é
estranho ser incomodado com algumas lembranças que não deveriam importar, isto
é lá verdade. Escrevo para me livrar delas e tomara que dê certo desta vez.
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Não é segredo
algum que as relações do Thio Therezo com a República de Hygina já duram
décadas e décadas. Eu particularmente não entendo o tempo que ele gasta naquela
república vizinha, visto a grande diferença que existe, moral e política, entre
o Thio e aqueles habitantes. Mas, parece, o Thio se empolga em entender como as
aberrações daquela república podem acontecer, um estudo sociológico, digamos
assim. Um país baseado em acordos esdrúxulos e traições sistemáticas, na sua
opinião, deve merecer sim teses e teses e mais teses. Mesmo assim, haja
paciência.
Pois bem,
tempos atrás, o Thio foi, mais uma vez, convidado para ministrar uma palestra
na abertura do “ano jurídico” daquela república. Seguia o mês de maio, o que
significava que finalmente a indústria jurídica iria começar a funcionar e
teriam quase dois meses de trabalho antes do próximo recesso. O Thio, então,
preparou-se para falar aos ministros do MTF (Maioral Tribunal Federal). Ele
queria, no entanto, falar aos maiorais algo que não fosse apenas uma usual
retórica jurídica, pois, sabia que por maior que fosse o seu conhecimento nesta
área, reconhecido internacionalmente que era, não conseguiria competir com
eles, invencíveis seres que a ninguém precisam se justificar.
Lembrou-se de
uma história e resolveu focar sua fala nela. Décadas atrás, em um de seus
inúmeros contatos com José Saramago, discutiram um livro que o escritor
português estava começando a escrever. Algo ainda meio vago, mas centrado na
história do cerco de Lisboa. As inúmeras conversas que os dois tiveram tomando
vinho tinto e cercados de beleza naturais e artificiais levaram, por fim, o
Saramago a centrar o enredo daquele livro em torno da palavra Não que, acrescentada
indevidamente em um texto, modificaria a relatada história da expulsão dos
muçulmanos de Lisboa no século XII.
Não que o Thio
tivesse pensado em compartilhar esta história com os maiorais apenas pelo
prazer da narrativa ou curiosidade histórica, o que talvez eles até apreciassem
em última instância (mesmo não sendo, obviamente, fãs do escritor português,
muito à esquerda para eles). Não, não foi isso, o Thio achava que essa
introdução poderia abrir caminho para comentários outros que tinham mais a ver
com a direção à qual a indústria jurídica de Hygina se enredava por aqueles
tempos.
Não muito
tempo antes daquela fala, os maiorais tinham, por exemplo, decidido que a
expressão constante na Constituição “o ensino público é gratuito”
poderia ser simplesmente interpretada como “o ensino público pode ser
gratuito”, o que abriu a possibilidade de se cobrar taxas escolares, o
imperativo inequívoco virando uma possibilidade do contrário. Detalhes
linguísticos, não? Muitos podem até achar estranha tal interpretação, mas a
prudência impera, ainda mais em se tratando de decisões últimas e
inquestionáveis, pois naquele ordenamento jurídico não há quem julgue os
julgadores e ai daqueles que os contestem. É a palavra de um maioral e ponto
final.
Pior tinha
sido a decisão que o MTF da República de Hygina teve com relação a uma outra
questão explicitamente escrita na Constituição e que interpretada e
reinterpretada ao sabor das conveniências teve, ao longo de três confusos anos,
variantes que, como consequência, impediram, na prática, a candidatura à
presidência de um sujeito mal visto pelas elites locais. Lembro do Thio
gargalhar-se, apesar do trágico momento, quando um maioral, o último a votar e
com o placar empatado, justificou que votava com a maioria dos colegas. A
retórica sempre a serviço, sempre a serviço. Que o direito não é ciência exata,
sabemos todos, mas haja inexatidão!
Thio Therezo,
hoje, se arrepende de ter feito aquela palestra, ter focado seus argumentos em
um texto literário em que a inclusão de uma palavra muda todo um contexto
histórico. Ele acha que sua fala pode ter sido mal interpretada e incentivado
os maiorais a usarem como desculpa acadêmica para uma extrema liberalidade linguística.
Mas era ficção
o que Thio tinha narrado, cara, não o artigo de uma lei!
Esses dias, o
Thio acompanha a decisão do MTF a respeito de uma nova interpretação de um
artigo da Constituição que proíbe sem sombra de dúvida a reeleição nos
cargos de presidente do poder legislativo daquela república. O Não
podendo virar Sim. Há alguns, com algum tipo de pudor, que tentam, em
seus usuais arroubos retóricos, transformar um Não em um Talvez Mas
Com Tendência de Sim. Vejam bem, data vênia, nem tudo que está na Constituição
tem que ser seguido, há as leis que a gente gosta e há as que, dependendo do
momento, não precisamos seguir, há as leis explicitamente escritas mas que já
tiveram, ao ver do MTF, o seu prazo de validade vencido e portanto devam ser
descartadas. Há de tudo, para quem detém o poder ilimitado, não há limites.
Mas há! E não
é que o ridículo das interpretações chegou a tal ponto que mesmo aliados dos
acordos previamente selados preferiram na última hora trair seus companheiros a
manter a aliança e votaram que um Não significa apesar das tentativas
simplesmente Não. Ao final, a imaginativa interpretação do Não
pelo Sim foi por água abaixo, para desconsolo de muitos.
O Thio sempre achou que deve ser muito divertido trabalhar em certos lugares. Um mesmo poder refazendo as leis e posteriormente julgando os casos de acordo com as novas interpretações é, a rigor, o desejo de consumo de tanta gente por aí.
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Se há um conselho de autoajuda que o Thio Therezo não suporta ouvir é o tal do “sair de sua zona de conforto”. E todos em casa sabem disso, principalmente o meu pai, seu cunhado, que tanto se empenha em deixa-lo irritado.
- Mas Thio,
você tem que sair de sua zona de conforto – o meu pai disparou inesperadamente logo
após um, até então, calmo almoço de domingo. Antes da provocadora fala, a
conversa tinha girado em torno de fatos amenos, o avanço da extrema direita mundial,
questões de ordem pandêmicas e o campeonato brasileiro. Mas bastou o pai vestir
seu sorriso irônico e falar isso para, em seguida, prevalecer nossas caras
preocupadas e o incômodo silêncio.
Inicialmente,
o Thio não se deu por rogado, sorriu e tentou mudar a conversa para algo menos
tenso, puxou um assunto sobre intolerância religiosa em civilizações neonazistas.
Qual-o-quê, o pai não resistiu em insistir em sua provocação.
- Mas, Thio,
você acha que tem que ficar realmente na sua zona de conforto?
Pronto, almoço
arruinado. Não que o Thio se prestasse dessa vez a responder à altura ao meu
pai como em tantas vezes anteriores fizera, é bem provável que os exercícios de
yoga que o Thio vinha fazendo às escondidas tenham surtido efeito desta vez. Ele
apenas sorriu, pediu desculpas por conta de um mal esclarecido compromisso que
tinha naquela tarde e saiu dispensando até o irrecusável café que minha mãe costumava
fazer para finalizar as refeições dominicais. Mas o almoço estava arruinado e o
único que parecia sentir prazer nisso era o meu pai.
Eu já sabia
de cor o que o Thio responderia caso quisesse entrar no pantanoso seara de ditados
ridículos e inúteis. Por qual razão alguém iria querer sair espontaneamente de
sua zona de conforto? Qual o problema de se sentir confortável afinal? E
concluiria exasperado com um “eu gosto muito da p.... da minha zona de
conforto, não há nada de errado nela e vão perturbar outros iguais a vocês”. Nada
disso, porém, iria reduzir o grau de stress que se seguiria caso ele resolvesse
retrucar as provocações dos autoajudistas de plantão. Quem de autoajuda se alimenta
não aceita nada que não seja outros conselhos desta nobre arte. Essa é, inexplicavelmente,
a zona de conforto de quem acredita que todos precisam sair de suas zonas de
conforto, vai entender!
Mas o pai
não se deu por vencido naquele domingo e, passados alguns dias, convidou um amigo
para nos visitar sabendo que o Thio iria estar também presente. E esse amigo
contava as maravilhas de suas aventuras, e a cada duas frases, incluía um “é
preciso sair de sua zona de conforto” para justificar suas atitudes. Seus
olhos, claro, brilhavam, iluminavam, por assim dizer, as supostas vidas
obscuras de seus interlocutores. E sorria o sorriso dos supremos.
O Thio
escutava a tudo calmamente, parecia estar com seu pensamento longe enquanto o
pai dava corda ao amigo que contava e contava aventuras, como se fosse
maravilhoso e imprescindível se aventurar a cada dia em algo novo. Em um dado
momento, o Thio perguntou:
- Pelo que
vejo, você gosta muito do que faz...
- Adoro, não
trocaria essa vida por nada.
- Sente-se
confortável, nela, não é?
- Sim,
poderia dizer que sim.
- Ótimo.
Então, seguindo o seu conselho, você deveria sair dessa zona de conforto.
Deveria ir para a casa e nunca mais se aventurar em nada, já que aventuras são
a sua zona de conforto.
- Ãh?
- E outra coisa. Parem de me encher com esses conselhos estúpidos, tenho mais o que fazer da vida! – completou o Thio saindo da sala logo em seguida. Pelo que percebi, ele voltou à sua zona de conforto, adorável conforto que só quem não entende quer sair.
Próximo domingo, dia 6/12/2k20, haverá o lançamento virtual da coletânea "Pandemia de palavras" da qual participo com um texto. Estão todos convidados: